A lua está cheia e o terror está à solta, será que essa clássica história terá fôlego o suficiente para agradar o público? A final de contas, Lobisomem vale o hype?
Confira a sinopse e o trailer do filme:
Atacados por um animal invisível, Blake e sua família se escondem em uma fazenda enquanto a criatura ronda o perímetro. Conforme a noite avança, no entanto, ele começa a se comportar de forma estranha, transformando-se em algo irreconhecível.
William Silva: ⭐⭐✰✰✰
Lobisomem, a nova adaptação do filme de 1941 (O Lobisomem), finalmente está chegando aos cinemas, mas pode ou não agradar a todos.
O filme conta a história de Blake, que, após sair de casa por desentendimentos com seu pai e nunca mais falar com ele, constrói uma vida e forma uma família na cidade, mesmo que ela seja disfuncional e ele ainda tente equilibrar as coisas para ser melhor do que o pai. No entanto, Blake precisa retornar à sua terra natal após receber a notícia da morte do pai, para organizar os pertences dele. Durante sua chegada, um fatídico acidente envolvendo uma criatura estranha (o lobisomem, ou “Cara de Lobo”) piora a situação, forçando Blake a buscar abrigo na casa de seu pai e, mais adiante, enfrentá-lo para proteger sua família, mesmo enquanto está ferido e começando a se transformar na criatura.
O enredo, como descrito acima, é bem direto, ficando a maioria do tempo nesta batalha sem grandes surpresas. Dito isso, para quem espera uma história repleta de diálogos complexos, cenas elaboradas ou uma abordagem mais profunda, este filme não será o ideal. No entanto, para aqueles que procuram ação, Lobisomem pode funcionar, já que 90% do filme se concentra nisso, podendo ser bom ou ruim, dependendo de seu ponto de vista.
Infelizmente, a produção não traz grandes reviravoltas ou algo que a destaque como um grande remake, tornando-se facilmente esquecível com o tempo. É o tipo de filme que funciona melhor no streaming do que no cinema. Um exemplo desta minha afirmação é a revelação de que o pai de Blake é o lobisomem, e como vimos, acaba não sendo uma grande surpresa ou reviravolta para a trama, carecendo de um impacto emocional significativo.
Assim, isso não significa que focar na ação seja algo ruim – as cenas conseguem entreter –, mas ainda há uma falta de complexidade que deixa a desejar. Por outro lado, o filme impressiona nos efeitos práticos, especialmente na transformação do protagonista, que é tão bem feita que mal parece ser o mesmo ator. Além disso, a ideia de mostrar a visão do lobo foi uma sacada interessante que acrescenta à experiência.
Em relação ao elenco, o destaque vai para Matilda Firth, que interpreta a filha de Blake. Sua atuação carrega o filme nas costas, sendo a única a trazer um significado maior à trama, com o enredo conseguindo manter sua conexão emocional com pai até o fim, quando Blake recobra a consciência antes de ser morto. Porém, mesmo esse esforço não é suficiente para compensar a ausência de uma narrativa mais elaborada.
O filme tenta surfar na nostalgia do original e atrair o público saudosista, mas, no final, se junta à lista de remakes genéricos que têm sido lançados. É um filme que até vale assistir uma vez, mas dificilmente será lembrado no futuro.
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