Prontos para agir a favor de causas duvidosas, os seis parecem ser a escolha errada para lidar com os desafios de alto risco ao lado do governo. A final de contas, Thunderbolts* vale o hype?
Confira a sinopse e o trailer do filme:
Um grupo de anti-heróis é pego em uma armadilha mortal por Valentina Allegra de Fontaine e são forçados a uma missão perigosa que pode lhes trazer a redenção se unirem-se como uma equipe.
Gabriel Rodrigues: ⭐⭐⭐⭐⭐
“Thunderbolts*” é como uma história clássica de redenção, na qual personagens quebrados e rejeitados descobrem um lado heroico que nem eles esperavam. O diferencial destacado é o foco emocional: enquanto filmes como “O Esquadrão Suicida”, de James Gunn, usam humor irreverente e violência exagerada para chegar à emoção, “Thunderbolts” aposta em sentimentos genuínos como vergonha, arrependimento e autoaversão. O filme explora profundamente o impacto dessas emoções nos personagens, mostrando como a perda de autoestima é central em sua jornada.
Grande parte dessa carga emocional recai sobre Yelena Belova, a nova Viúva Negra (interpretada de forma brilhante por Florence Pugh), uma escolha acertada do roteiro ao colocar seu talento no centro da história. Atualmente realizando missões de extermínio para Valentina de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), diretora da CIA, Yelena ainda sofre com a perda da irmã, Natasha Romanoff, tentando encontrar seu lugar em um mundo sem ela. Afundada na tristeza, Yelena bebe, se deprime e aceita os trabalhos de Val apenas para se manter ocupada, vivendo no automático, mas claramente infeliz.
Em meio a essa crise, ela busca apoio em seu pai adotivo, Alexei Shostakov, o Guardião Vermelho (David Harbour), tentando desesperadamente restabelecer uma conexão emocional. No entanto, antes que consiga reconstruir esse vínculo, Val surge com uma nova missão para ela.
Quando Yelena chega ao complexo ultrassecreto, ela se depara com outros anti-heróis: o problemático John Walker/Agente Americano (Wyatt Russell), a assassina Ghost (Hannah John-Kamen) e a implacável Taskmaster (Olga Kurylenko). Logo fica evidente que Valentina tinha uma estratégia oculta: eliminar todos os seus mercenários de uma só vez, cortando pontas soltas.
No entanto, o plano sai do controle porque esse grupo de excluídos é mais astuto do que Valentina esperava — e ainda há Bob (Lewis Pullman), um sobrevivente inesperado dos experimentos, cujo verdadeiro poder começa a emergir, mergulhando tudo em caos. Agora, cabe a esse grupo improvável, sob a liderança do congressista Bucky Barnes (Sebastian Stan), conter a ameaça liberada.
Escrito por Eric Pearson e Joanna Calo (co-showrunner de The Bear), o enredo de Thunderbolts pode parecer comum e previsível, mas sua força está na mensagem emocional: superar desonra, remorso e os fantasmas internos. No fim, o verdadeiro vilão da história não é Valentina, nem qualquer grande ameaça externa, mas a incerteza, a autossabotagem e o peso do passado — a culpa, a vergonha e as frustrações que nos prendem e dificultam o avanço.
O verdadeiro inimigo não é o plano perverso de Valentina, nem o Sentinela ou qualquer outra ameaça externa, mas sim a incerteza, a autossabotagem e os pensamentos negativos que nos mantêm presos ao passado, à culpa, à vergonha e às decepções que carregamos.
Embora não seja o maior blockbuster recente e talvez funcione melhor como um drama do que como um filme clássico de super-heróis, Thunderbolts da Marvel é uma história divertida e envolvente sobre perdedores carismáticos e marginalizados que encontram propósito em meio a uma grande crise.
Apesar de não trazer batalhas grandiosas ou cenas épicas, o filme surpreende com seu foco em conflitos humanos genuínos e na dor de quem acredita não merecer amor ou reconhecimento, tornando-se inesperadamente emocionante e tocante. Além disso, Thunderbolts acerta ao não tentar ser algo que não é: não força um terceiro ato grandioso que destoaria do tom intimista do restante da trama e evita atalhos fáceis ou momentos vazios apenas para impressionar.
Por isso, ele se destaca como um dos filmes mais sinceros e autênticos da Marvel nos últimos anos, com uma identidade própria e sem a necessidade de parecer um derivado dos Vingadores, porque claramente não é.”
Thunderbolts” surpreende por seu lado emocional, já que os poucos, porém impactantes, momentos sentimentais superam em muito suas cenas de ação. O grande trunfo do filme está no talento de Florence Pugh e na química entre o elenco. A cena mais marcante envolve um momento íntimo entre Yelena e seu ‘pai’, Alexei — um simples diálogo entre uma filha que perdeu seu brilho e um pai que acredita no poder dela de iluminar o mundo tão poderoso, emocionalmente, quanto qualquer confronto épico no MCU.
Alguns podem dizer que Thunderbolts serve apenas como ponte para a cena pós-créditos, potencialmente mais relevante para o MCU do que o próprio filme, mas isso não captura o verdadeiro propósito da história. Apesar de reunir vários personagens marginalizados, o foco está neles como indivíduos suas dores, dúvidas e crescimento, não apenas em seu impacto no universo.
Embora não revolucione o MCU, Thunderbolts também não pretende isso. Pode ser visto como uma espécie de ‘sessão de terapia’ de duas horas, que fala sobre autocompaixão, perdão e a transformação da dor em algo positivo, envolto em uma narrativa de super-heróis. Ele equilibra emoção, humor e uma mensagem genuinamente tocante sobre redenção e isso, mesmo que pareça uma vitória pequena, é profundamente significativo.”
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