Vizinhos Bárbaros: Vale o hype? Crítica do filme

, que se propõe a ser uma mistura de comédia e drama, infelizmente não cativa, tampouco entrega o peso emocional esperado.

Premissa interessante, mas execução que não agrada

O filme Vizinhos Bárbaros parte de uma premissa interessante: uma pequena vila francesa entra em conflito após a chegada de refugiados sírios. No entanto, a produção não consegue se sustentar em suas tramas, resultando em momentos de comédia sem empolgação e sequências dramáticas sem impacto — como a cena do vídeo em que os sírios mostram as catástrofes que sofreram, que acaba não atingindo a profundidade necessária.

Provavelmente, essa falta de foco se deve ao excesso de subtramas. Com muitos personagens em cena, as histórias se misturam e vários deles acabam se tornando caricatos e sem importância real para a narrativa de Vizinhos Bárbaros. Isso nos faz questionar a necessidade de certas figuras no roteiro, cujas motivações se tornam sem nexo, transformando suas cenas em meros artifícios para preencher tempo de tela.

Apesar de suas falhas, “Vizinhos Bárbaros” ainda agrada tecnicamente

Apesar dos problemas, o longa ainda apresenta elementos interessantes. As partes que focam nos desafios da família síria são as mais coesas e contam com boas atuações, o que é um ponto alto do filme.

O elenco de Vizinhos Bárbaros, incluindo a diretora Julie Delpy (que aqui também atua), apresenta interações genuínas e falas que transmitem verdade. Além disso, a ambientação da cidade é agradável, conseguindo capturar com sucesso aquele ar bucólico de interior que a história pede.

Vizinhos Bárbaros tinha espaço para evoluir, mas não consegue em sua execução

Infelizmente, é perceptível que Vizinhos Bárbaros tinha potencial. O filme possui uma boa direção técnica em termos visuais e de elenco, mas peca gravemente na execução do roteiro. O excesso de subtramas desnecessárias acaba sufocando o que poderia ser uma obra muito mais relevante e emocionante.

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