“Robô Selvagem” vale o hype? Crítica com spoilers do filme

A épica aventura acompanha a jornada de uma robô – a unidade ROZZUM 7134, “Roz”. A final de contas, Robô Selvagem vale o hype?

Confira a sinopse e o trailer do filme:

A épica aventura acompanha a jornada de uma robô – a unidade ROZZUM 7134, “Roz” – que naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil, construindo pouco a pouco relacionamentos com os animais nativos, e até adotando um filhotinho de ganso órfão.

William Silva: ⭐⭐⭐⭐⭐

“Robô Selvagem” é a mais nova animação da DreamWorks que veio para ficar e se tornar uma das maiores animações deste ano.

A história segue a trajetória de Roz, uma robô criada para servir os humanos, mas que acorda em uma floresta e precisa aprender a sobreviver, apesar de muitas dificuldades. Por conta de um acidente, Roz acaba ficando com um ovo, e dele nasce um ganso que mais tarde é chamado de Bico-Vivo. A partir daí, ela descobre que precisa ensiná-lo a comer, nadar e voar para que ele não morra e possa migrar no inverno. Com isso, Roz se torna mais do que uma robô que segue ordens, contrariando sua própria programação e se tornando uma mãe para Bico-Vivo e uma amiga para o personagem Astuto, iniciando uma grande jornada como uma família nada convencional que tenta descobrir o lugar de cada um.

O filme trata o tema da família com maestria e encanta a todos, até mesmo os adultos, ao abordar diversos temas com maturidade, como a descoberta de si mesmo, a não necessidade de seguir uma programação imposta, a escolha de seu lar e de suas relações. Ele mostra que famílias não são apenas de sangue e que você pode ser o que quiser, pois não será uma limitação que irá impedi-lo. Isso é ilustrado pelo nosso pequeno ganso que, por ser frágil e pequeno, poderia ter morrido. Mas, graças a Roz e seu esforço e dedicação para aprender, ele conseguiu se sobressair e mostrar a todos quem realmente é, sendo no fim, respeitado por todos que o desprezavam.

A trama tem um ótimo dinamismo, fluindo com leveza entre cada quadro. Um exemplo disso é a cena do treinamento, que, com uma trilha sonora magnífica, faz o tempo passar sem que a gente perceba, levando rapidamente aos atos finais, quando Bico-Vivo parte. Outra cena que merece destaque é o início, já que desde o momento em que a robô é ativada até ela aprender a língua animal e encontrar o ovo, há uma fluidez tão elegante que nem sentimos o tempo passar. E não podemos esquecer do aspecto visual deste filme, que, em certos momentos, parece um quadro de tão belo, cheio de cores vivas e detalhes simples, mas bonitos.

“Robô Selvagem” é um ótimo longa-metragem que merece reconhecimento, e espero que muitas outras animações aprendam com ele.

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