Marlon Wayans está de volta para mais um filme, um filme que mistura terror e esporte, apresentando um jovem que sonha ser jogador de futebol americano, mas nem tudo é o que parece . A final de contas, GOAT vale o hype?
Confira a sinopse e o trailer do filme:
Cameron Cade, jovem quarterback promissor, sofre um ataque que ameaça sua carreira. Em busca de redenção, aceita treinar com seu maior ídolo, Isaiah White, em um retiro isolado. O que começa como a chance de sua vida logo se transforma em um pesadelo psicológico, onde ambição e idolatria podem custar muito mais do que a glória.
William Silva: ⭐⭐✰✰✰
GOAT, o novo filme que mistura esporte com terror, chega aos cinemas brasileiros sob a direção de Justin Tipping e com atuações de Tyriq Withers e Marlon Wayans.
A trama acompanha Cameron Cade, um homem que sonha em se tornar um jogador de futebol americano famoso, mas que vê seu futuro mudar após sofrer um acidente decorrente de um ataque. Sem perspectivas, Cameron recebe o convite de Isaiah White (Marlon Wayans) para treiná-lo e transformá-lo em um dos melhores jogadores do esporte. Esse convite o leva a um centro de treinamento misterioso, onde um culto esportivo de caráter quase religioso esconde segredos sombrios.
A partir desse ponto, o filme se desenvolve nesse caminho duvidoso, mostrando a jornada de Cameron durante o treinamento, enquanto eventos estranhos o cercam — alucinações, treinos pesados, rituais religiosos e muito mais. Infelizmente, a obra não consegue entregar uma narrativa coesa.
É perceptível que o roteiro se perde ao tentar abraçar muitas coisas ao mesmo tempo: de um lado, o terror com jumpscares; de outro, os traumas pessoais de Cameron; e ainda as subtramas religiosas, que poderiam ser trabalhadas de forma mais sutil para gerar maior impacto. Aqui, no entanto, são expostas de maneira exagerada, o que pode se tornar cansativo para o espectador. Assim, críticas interessantes, como a busca pela grandeza ou a ideia de tratar o esporte como uma espécie de culto religioso, acabam diluídas e sem força dramática.
Quanto aos jumpscares, funcionam em alguns momentos, mas a previsibilidade atrapalha. Após o primeiro susto, o espectador já consegue prever facilmente os próximos, o que reduz o impacto.
Ainda assim, há pontos positivos. No quesito atuação, Marlon Wayans mostra que um ator conhecido pela comédia pode transitar para outros gêneros sem perder força. Essa versatilidade já foi comprovada por outros comediantes no drama e no terror, e aqui Wayans entrega um desempenho sólido, mesmo em um filme que não valoriza tanto seu talento. Há, claro, momentos que escapam para o humor, mas sua performance se destaca. Outro acerto está na fotografia: a transição da paleta de tons pastéis para ambientes mais escuros e vermelhos acompanha bem a atmosfera da trama, mesmo que isso seja esperado em produções de terror.
Em resumo, GOAT tinha potencial para entregar muito mais. A ideia de misturar esporte, terror e crítica social é interessante, mas a execução tropeça em um roteiro confuso e previsível. O resultado é um filme “ok”: contém algumas boas cenas — incluindo até um toque de slasher no final —, mas que, na maior parte do tempo, dificilmente vai agradar.
E você, o que achou do filme? GOAT vale o hype? Vote e comente abaixo!
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