“A Grande Inundação” é um filme de ficção científica da Netflix que começa como um drama de sobrevivência, mas aos poucos se revela uma reflexão profunda sobre maternidade, emoções humanas e o futuro da humanidade.
Final explicado de A Grande Inundação
A trama acompanha An-Na, uma cientista e mãe solteira, e Ja-In, o filho que ela tenta salvar durante uma inundação global causada pelo impacto de um asteroide. No entanto, nada é exatamente o que parece.
A fuga e as primeiras pistas do filme A Grande Inundação
Nos primeiros minutos, o filme prende o espectador mostrando An-Na e Ja-In tentando escapar de um prédio enquanto a água sobe de forma aparentemente interminável. A inundação funciona em loop, repetindo-se continuamente. Durante essa fuga, surgem sinais estranhos: Ja-In tem uma convulsão ao ver a mãe cair na água, é dito que ele pode ser “restaurado por backup” e, mais tarde, é reanimado com algo banal como suco de laranja. Esses detalhes levantam suspeitas sobre sua natureza.Flashbacks mostram um acidente de carro no qual o pai de Ja-In teria morrido, e conversas entre An-Na e seu chefe, Hyeon-Mo, indicam que Ja-In é algo “substituível”. Tudo isso prepara o terreno para a grande revelação do filme.
A verdade sobre Ja-In no final explicado
Descobrimos que Ja-In nunca foi um menino humano. Cinco anos antes, o Centro Darwin desenvolveu uma tecnologia capaz de bioimprimir humanos, mas sem emoções reais. An-Na então teve a ideia de criar bebês artificiais e fazê-los desenvolver emoções por meio de experiências reais. Assim nasceram Ja-In e Yu-In, criados por An-Na e Hyeon-Mo como filhos de verdade.Com o tempo, Hyeon-Mo se apega profundamente à própria “filha” e foge com ela para poupá-la de um destino cruel. Ja-In, por outro lado, acaba sendo usado como peça central de um experimento para salvar a humanidade.
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O sacrifício de An-Na e a culpa materna
Durante o clímax da inundação, An-Na chega ao telhado, onde apenas ela pode embarcar no helicóptero da ONU. Ja-In é capturado, tem as memórias extraídas para o desenvolvimento do Motor de Emoções e aparentemente é morto. An-Na acredita ter falhado como mãe e carrega uma culpa devastadora. Pouco depois, ela própria morre a caminho do laboratório orbital e decide entrar na simulação como “a mãe”.
A simulação e o ciclo infinito da inundação
An-Na passa então a reviver, em uma simulação, o último dia de sua vida repetidas vezes. O objetivo do experimento é simples e cruel: observar se o vínculo emocional entre mãe e filho pode gerar emoções genuínas em seres artificiais.Cada ciclo termina com Ja-In desaparecendo e com Hee-Jo tentando convencê-la a abandoná-lo e subir ao telhado. Aos poucos, An-Na começa a lembrar das repetições e a corrigir erros do passado, ajudando pessoas que antes havia deixado para trás — uma menina presa no elevador, um casal com um bebê recém-nascido — ampliando sua empatia e humanidade.Ela descobre que o ciclo já se repetiu 21.499 vezes. Para Ja-In, isso equivale a mais de 58 anos vivendo o mesmo dia, sempre com seis anos de idade. Ele sabe do ciclo, desenha repetidamente a mesma cena do helicóptero e sempre se esconde em um armário, esperando que a mãe volte para buscá-lo.
O reencontro e o verdadeiro significado do final
No ciclo final, An-Na finalmente encontra Ja-In no armário do telhado. Ela se desculpa por tê-lo abandonado, mas o menino diz que ela nunca o abandonou de verdade, pois sempre voltou para ele. Nesse ponto, fica claro que Ja-In já desenvolveu emoções reais muito antes do experimento terminar. O Motor da Emoção está completo não porque An-Na salvou a humanidade, mas porque ela escolheu seu filho acima de tudo.A água, elemento central do filme, simboliza nascimento, memória e conexão materna — desde o desejo de Ja-In de nadar, passando pela inundação, até o acidente de carro e os óculos de natação que ligam An-Na às lembranças do filho.
Cena pós-créditos de A Grande Inundação e o futuro da humanidade
Na cena pós-créditos, An-Na desperta em uma nave espacial ao lado de Ja-In, indo em direção à Terra. O planeta não foi totalmente destruído: partes da África permanecem verdes, sugerindo que a vida ainda resiste.O filme deixa várias perguntas em aberto — sobre diversidade, escolhas e o futuro dessa nova humanidade —, sugerindo que “A Grande Inundação” pode ser apenas o começo de uma franquia maior. No fim, a obra afirma que o que nos torna humanos não é a sobrevivência a qualquer custo, mas a capacidade de amar, cuidar e não abandonar quem amamos.
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