A Microsoft está apostando novamente em um comando de voz para o Windows 11. O novo recurso “Hey Copilot” promete tornar o assistente de IA ainda mais integrado ao sistema. No entanto, para quem lembra da Cortana, esse déjà-vu pode soar familiar — e não necessariamente em um bom sentido.
O retorno do comando de voz
Durante o anúncio do Copilot Vision, a empresa revelou que os usuários poderão ativar o assistente dizendo “E aí, Copilot”. A ideia é muito semelhante ao antigo “E aí, Cortana”, lançado em 2015 no Windows 10. Na época, a Microsoft tentou popularizar a interação por voz com PCs, mas a experiência acabou sendo esquecida com o passar dos anos.
Por que “Hey Copilot” pode enfrentar os mesmos desafios

Apesar do avanço da inteligência artificial, o hábito de conversar com o computador ainda é pouco comum. Em dispositivos móveis, o uso de voz é prático, pois as pessoas estão em movimento. No entanto, no ambiente de trabalho ou em casa, falar com o PC pode ser incômodo, especialmente em locais compartilhados.
Além disso, o Hey Copilot parece focado, novamente, em usuários que falam inglês. Esse foi um dos maiores erros da Microsoft com a Cortana: priorizar o mercado norte-americano e deixar o restante do mundo com suporte limitado. Como resultado, o engajamento global foi mínimo e o projeto acabou encerrado oficialmente em 2023.
Hey Copilot Os riscos e limitações
Outro ponto que levanta dúvidas é a precisão do Copilot Vision. Embora o comando por voz seja opcional, depender de ditado para tarefas complexas ainda pode causar frustração. Imagine pedir para o sistema “analisar minha apresentação do PowerPoint” e receber um resultado completamente diferente — algo que prejudica mais do que ajuda.
Um aceno ao passado (e um aviso para o futuro)
O Hey Copilot não é uma má ideia. O problema é que a Microsoft parece repetir um padrão que já falhou antes. Enquanto a empresa aposta alto na integração por voz e IA generativa, o público ainda demonstra resistência em usar essas ferramentas de forma constante no desktop.
No fim das contas, só o tempo dirá se o Copilot vai vingar ou seguir o mesmo destino da Cortana. Como diria Taylor Swift: “Acho que já vi esse filme antes — e não gostei do final”.
Conclusão Hey Copilot
Mesmo com novas tecnologias, a Microsoft precisa lembrar que inovação sem adaptação global pode resultar em déjà-vu indesejado. Se o Hey Copilot não aprender com os erros do passado, ele pode acabar em uma vala digital — ao lado da Cortana.
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