O estúdio conseguiu unir com maestria a clássica guerra em larga escala a elementos modernos, resultando em combates intensos, visuais deslumbrantes e aquele caos característico que define a série.
Critica HypandoDesenvolvedor: Battlefield StudiosEstúdio: Electronic ArtsSérie: Battlefield
Os entusiastas de first-person shooters têm um motivo especial para comemorar em 2025. Pela primeira vez desde 2021, o campo de batalha será disputado em uma janela apertada: novos títulos de “Battlefield” e “Call of Duty” estão em rota de colisão, prometendo um final de ano eletrizante para o gênero. E o primeiro a sacar é “Battlefield 6”, que já disparou uma impressão duradoura nos testes iniciais.
Após a experiência mista e divisiva de “Battlefield 2042”, a mensagem era clara: a franquia precisava de uma mudança de rumo urgente. Os estúdios Battlefield uma verdadeira “força-tarefa” que inclui DICE, Criterion, Ripple Effect e Motive, sob a batuta da EA prometeram solenemente retornar às raízes táticas e massivas da série. E, segundo os primeiros relatos, eles cumpriram.
“Battlefield 6” finalmente “parece” um Battlefield de verdade outra vez. A experiência visceral está de volta: mapas imensos, batalhas intensas de grande escala e o caos explosivo que define a franquia. Mas o jogo não é apenas uma cópia de modelos antigos. Uma série de inovações pequenas, mas cruciais, foram implementadas para garantir que a ação pareça mais moderna, fluida e dinâmica do que nunca. A principal revolução acontece no coração do gameplay: o sistema de Especialistas foi descartado, dando lugar ao amado e comprovado sistema de classes tradicional: Assalto, Engenheiro, Suporte e Reconhecimento.
Essa decisão resgata a estrutura tática do esquadrão e a dependência mútua em campo. A personalização de equipamento também foi inteligentemente ajustada: enquanto armas podem ser desbloqueadas e escolhidas livremente entre as classes, dispositivos e ferramentas essenciais (como a caixa de munição do Suporte ou o lança-mísseis do Engenheiro) permanecem vinculados à função específica. Este equilíbrio delicado permite a individualização da estratégia, sem, no entanto, sacrificar o foco no jogo de equipe que é a marca registrada da série.
Movimentação
Se há algo que os jogadores veteranos de “Battlefield 6” notarão de imediato, é a revitalização da jogabilidade. O título não apenas resgata a escala épica, mas injeta uma dose de agilidade e polimento que aprimora o combate em solo de forma significativa.
Os soldados virtuais estão mais fluidos do que nunca. A liberdade de movimento foi consideravelmente ampliada, permitindo ações que transformam a tática em tempo real: correr e se esconder rapidamente, escalar paredes com desenvoltura, espiar pelos cantos e apoiar armas em superfícies. Tudo funciona de maneira coesa, criando uma experiência altamente dinâmica.
Destaque para os Snipers: A classe de Reconhecimento (atiradores de elite) é a grande beneficiada, conseguindo manter uma posição de mira precisa sem ter que sacrificar a mobilidade essencial.
Mesmo as mecânicas de suporte receberam ajustes inteligentes para aumentar o ritmo das batalhas. Um novo e notável recurso permite que os jogadores se movam lentamente para trás enquanto reanimam um colega ferido, em vez de ficarem estáticos sobre ele. O detalhe parece trivial, mas é um salva-vidas crucial em trocas de tiro intensas, injetando mais fluidez na função de Suporte.
Além disso, o desfibrilador foi aprimorado em relação aos testes iniciais, operando de forma significativamente mais rápida e garantindo que o seu retorno ao campo de batalha seja ágil.
Campanha: curta, mas interessante
Embora “Battlefield” seja conhecido pelo seu modo multiplayer, a campanha single-player de “Battlefield 6” entrega uma experiência curta, mas visualmente deslumbrante. A narrativa coloca o jogador no centro do conflito entre a decadente OTAN e a ascendente força mercenária conhecida como Pax Armata. Você assume a identidade da unidade de elite da OTAN, a Dagger 13, lutando na linha de frente para desvendar as origens do poder avassalador do inimigo.
A história é contada de forma não-linear, através de flashbacks inseridos em uma cena de interrogatório no presente. Esse formato garante variedade e um bom ritmo narrativo, mesmo que a trama não reserve grandes reviravoltas ou surpresas. Com nove missões e cerca de seis a oito horas de duração, é um shooter sólido e direto.
As missões, embora um tanto lineares, cumprem um papel fundamental: funcionam como uma introdução orgânica à mecânica das classes do multiplayer. É no modo solo que o motor Frostbite demonstra todo o seu poderio técnico: explosões épicas, prédios desabando em tempo real e uma iluminação atmosférica digna de cinema. As cutscenes são lindamente orquestradas, lembrando os melhores thrillers militares. Mesmo que a história em si seja passageira, ela proporciona uma abertura decente para o universo do jogo e uma dose de diversão intensa.
Multijogador
m sua essência mais pura, “Battlefield 6” é exatamente o que os fãs esperavam há anos: um espetáculo de guerra gigantesco, profundo e caótico. O novo título finalmente entrega a tríade que faltava: batalhas massivas, profundidade tática renovada e a criação de momentos imprevisíveis que só esta franquia é capaz de gerar. No lançamento, o arsenal de conteúdo é vasto, oferecendo nove mapas e uma seleção robusta de modos sob a bandeira de “Guerra Total”. Os clássicos que definiram a série estão de volta, incluindo Conquista, Ruptura, Investida e Escalada.
Mas para aqueles que preferem o calor do combate em espaços reduzidos, há alternativas focadas: Mata-Mata em Equipe, Mata-Mata em Esquadrão, Supremacia ou Rei do Pedaço garantem que a ação nunca esfrie, independentemente do estilo de jogo do operador.
64 Jogadores
A força total do jogo brilha com intensidade nos modos Conquista e Ruptura, onde a sinergia entre infantaria, veículos e artilharia é magistral. Cenários como Pico da Libertação ou Cerco do Cairo se transformam em palcos de caos organizado, exclusivos de “Battlefield”.
Curiosamente, o número máximo de jogadores foi reduzido para 64 participantes (32 contra 32) em comparação com títulos anteriores. No entanto, essa redução não diminui a diversão; ela a aprimora! Graças a um design de mapa mais focado e inteligente, as rotas de combate são significativamente mais curtas. O ritmo é mantido acelerado mesmo sem veículos, garantindo que o jogador passe quase zero tempo ocioso após o respawn. O tempo de inatividade é praticamente nulo!
Por mais espetaculares que sejam as batalhas, a experiência inicial revela um equilíbrio ainda imperfeito. Nos modos de infantaria compactos, as espingardas se mostram dominantes, enquanto os fuzis de assalto lutam para acompanhar. Essa dinâmica, curiosamente, faz com que o gunplay se aproxime do estilo frenético de “Call of Duty”, embora este último ainda mantenha a coroa da velocidade total.
Já em mapas de grande escala, o oposto ocorre: os RPGs dos Engenheiros se tornam quase obrigatórios para conter a ameaça veicular. Tais extremos, embora compreensíveis, tendem a limitar a versatilidade tática inicial. A comunidade espera, e o jogo certamente necessita, de ajustes finos para harmonizar o arsenal e garantir que todas as classes e armas tenham seu espaço no campo de batalha.
Progresso
O que motiva um jogador a mergulhar por centenas de horas em um shooter? A resposta de “Battlefield 6” é um sistema de progressão profundo e gratificante que faz jus ao legado da franquia. O novo título capitaliza o sucesso das edições anteriores, oferecendo uma teia complexa e viciante onde perfis, níveis de classe, desafios e recompensas se entrelaçam perfeitamente.
A chave para o engajamento de “Battlefield 6” é o feedback constante e inclusivo. Diferente de muitos competidores focados apenas em kills, o jogo distribui pontos generosamente por uma variedade de ações de suporte vitais:
- Capturar e defender bases
- Reviver colegas de esquadrão
- Fornecer munição
- Reparar veículos
Essa filosofia garante que qualquer estilo de jogo mesmo o mais defensivo ou focado em suporte seja recompensado, tornando cada rodada gratificante. Não há espaço para frustração: o progresso parece merecido e constante. Esse fluxo contínuo de experiência leva a desbloqueios regulares de armas, skins cosméticas e novos gadgets. O incentivo para continuar jogando é claro e abundante, especialmente com as recompensas volumosas concedidas ao final de partidas longas e intensas.
No entanto, o sistema atinge seu potencial máximo quando o jogador se une a esquadrões ou clãs organizados. Aqui, a cooperação e a jogabilidade baseada em objetivos são recompensadas exponencialmente mais do que uma performance individual e egoísta. Em resumo, “Battlefield 6” criou uma “máquina de recompensa” que não apenas prende o jogador, mas o incentiva a ser um membro melhor e mais tático da equipe, garantindo que a longevidade da comunidade esteja bem encaminhada.
Embora “Battlefield 6” tenha impressionado com seu retorno à forma, o campo de batalha, como de costume, não está livre de imperfeições. Por mais robustos que muitos sistemas pareçam, ainda existem áreas que demandam atenção dos desenvolvedores.
Além dos já citados problemas de balanceamento (como a dominância de espingardas em modos de infantaria), o jogo apresenta os inevitáveis pequenos bugs de lançamento: comportamento estranho de spawn e falhas ocasionais na detecção de colisão são exemplos. Nenhum desses problemas é um “estraga-prazeres”, mas eles servem como um lembrete claro de que a equipe de desenvolvimento ainda tem trabalho a fazer em termos de polimento técnico.
Veredito
O grande trunfo de “Battlefield 6” é, ironicamente, sua única ressalva: a escala e a intensidade esmagadora das batalhas. Para o jogador que busca uma experiência de shooter organizada, controlada e taticamente previsível, o novo título se tornará rapidamente um labirinto de caos e frustração. É fácil se perder na imensidão e na imprevisibilidade do combate total.
No entanto, para a vasta maioria da base de fãs da franquia, é exatamente esse caos épico e sem precedentes que constitui o maior apelo do jogo. O veredito final é categórico: “Battlefield 6” não é a revolução que a série talvez precisasse para redefinir o gênero, mas é, inegavelmente, o retorno que ela merecia.
O Battlefield Studios se concentrou de forma inteligente em seus pontos fortes inegociáveis. Batalhas em larga escala que poucos competidores conseguem replicar, tecnologia poderosa (o motor Frostbite) capaz de renderizar destruição e espetáculo visual. Um sistema de classes bem executado e taticamente recompensador, uma fábrica de momentos inesquecíveis e dignos de clipes. Ao abraçar suas raízes e refinar seu núcleo, “Battlefield 6” se estabelece como um sucesso de redenção e uma experiência obrigatória para quem ama a guerra total.
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gostei da analise so nao entendo o resto das midias exaltando o jogo