No terceiro episódio de The Last of Us da HBO, fomos apresentados ao grupo religioso chamado de Serafitas, mas afinal, quem são eles?
O grupo Serafitas

Os Serafitas são uma seita religiosa que surgiu após o colapso da sociedade, buscando rejeitar toda a tecnologia e os costumes do “velho mundo”, que eles acreditam ter levado à ruína da humanidade. Eles vivem em comunidades isoladas, em harmonia com a natureza, e seguem os ensinamentos de uma figura conhecida como A Profetisa, uma mulher que pregava simplicidade, humildade e fé no coletivo.
O que diferencia os Serafitas de outras facções é o seu fanatismo religioso extremo. Eles se comunicam majoritariamente por meio de assobios durante o combate — uma técnica silenciosa e estratégica que os torna ainda mais intimidadores. Além disso, seus membros são facilmente reconhecidos pelas cicatrizes no rosto, marcas autoimpostas como símbolo de devoção.
Códigos de Conduta e Crenças
Os Serafitas seguem um código rígido baseado nas palavras da Profetisa, que foram compiladas em uma espécie de Bíblia própria. Eles condenam qualquer tipo de modernidade — inclusive armas de fogo, que são usadas apenas em último caso. Seus armamentos principais são arcos, martelos, machados e armas improvisadas.
Sua sociedade é patriarcal e altamente militarizada, mas reverencia profundamente a figura da Profetisa. Após sua morte, seus ensinamentos foram distorcidos por líderes mais autoritários, tornando o grupo ainda mais brutal e radical.
Conflito com a WLF

Grande parte da trama de The Last of Us Part II se desenrola em meio ao conflito entre os Serafitas e a WLF (Washington Liberation Front), uma facção militarizada que controla parte de Seattle. Enquanto a WLF aposta na tecnologia e no poderio militar, os Serafitas preferem o isolamento e a emboscada. A rivalidade entre esses grupos é violenta e implacável, resultando em batalhas sangrentas que Ellie e outros personagens acabam atravessando.
Serafitas e o Impacto na Jornada de Abby
Uma parte essencial da jornada de Abby envolve a interação com dois jovens Serafitas, Yara e Lev, que desafiaram os dogmas de sua religião. Essa relação humana revela uma camada mais complexa dos Serafitas: apesar de seu extremismo, existem indivíduos dentro da seita que questionam e desafiam a autoridade de seus líderes, abrindo espaço para momentos de esperança e transformação.
Um Retrato de Fanatismo em Tempos de Crise
Os Serafitas são um dos exemplos mais impressionantes de como The Last of Us explora o comportamento humano em situações extremas. Eles representam como o desespero e o desejo de ordem podem levar comunidades inteiras a abraçar ideologias radicais, mesmo em um mundo já devastado.
Misteriosos, violentos e profundamente humanos, os Serafitas são mais uma prova de que, em The Last of Us, o maior perigo nem sempre são os infectados — e sim os próprios sobreviventes.